31 de mar. de 2012

EAD – Ensino a Distância

Ao ter uma plataforma digital, os cursos de EaD possuem um potencial de comunicação multidirecional, ou seja, a   interatividade entre professor e aluno e entre os próprios colegas é infinita.

Quando Daniel Filippon resolveu voltar à faculdade 10 anos depois, em 2009, deparou-se com mensalidades altas e horários fixos demais para a sua vida atual. “A rotina me mata e voltar para a universidade me custaria a parcela de um apartamento por mês”, recorda. A solução foi fazer o curso escolhido, Gestão da Tecnologia da Informação, à distância, na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). “Agora pago metade do preço de um curso tradicional”, afirma o aluno, que monta os seus próprios horários de estudo.

Esse é o principal objetivo da educação à distância: a flexibilidade. “Aquele que procura essa modalidade não tem disponibilidade de se deslocar para um determinado lugar e estar presente em 75% das aulas”, explica o especialista em Tecnologia Educacional Wendel Freire sobre um modelo de ensino que cresce 40% ao ano. “Escolha e adequação não são decididas por um educador ou por um sistema qualquer, mas pelo indivíduo e pelas suas demandas”, completa.

Freire alerta para a escolha do curso. O aluno interessado no ensino a distância deve descobrir o máximo possível sobre a estruturação do curso, desde o modelo de tutoria e da formação dos professores até o tempo de resposta às solicitações do aluno, além das ferramentas de comunicação e de seus usos. Além disso, sempre é válido buscar informações fora da instituição, como fez Filippon. “Levei em conta a indicação de alguns colegas e o fato de que a Unisul é referência nacional EaD”, afirma.

Outra questão importante na hora da escolha é o formato. Ao ter uma plataforma digital, os cursos de EaD possuem um potencial de comunicação multidirecional, ou seja, a interatividade entre professor e aluno e entre os próprios colegas é infinita. Porém, muitos deles estruturam-se como um modelo unidirecional, em que o aluno apenas recebe conteúdo. “Isso os torna tecnicistas e devem ser evitados, pois não exploram o que há de mais positivo da presença das novas tecnologias: a liberação do polo de emissão”, lamenta Freire.

Apesar das possibilidades interativas que a tecnologia trouxe para o universo dos estudos, a convivência entre os alunos ainda faz falta para quem estuda nesse novo formato de aulas. “É quase zero, eu gostava muito de conviver com os colegas na época em que estava na faculdade normal”, lembra Filippon. Porém, Freire acredita que há, sim, convívio entre os estudantes, já que essa estrutura de ensino inclui encontros presenciais, fóruns e chats. “Veremos em um futuro breve uma aproximação das plataformas de ensino à distância com os formatos comunicacionais das chamadas redes sociais”, diz. Para o educador, assim as relações entre os colegas ficará mais estreitas, o que vai possibilitar a diminuição do que, nao sua opinião, é o maior problema da educação à distância, que é o alto índice de evasão.

Outro problema já em parte superado no Brasil reside no preconceito com esse modelo pouco tradicional de ensinar. “A palavra ‘distância’ acaba carimbando nessa modalidade a ideia de que não há proximidade, o que não é verdade, pois muitas vezes acontecem mais interações nesses espaços do que no ensino presencial”, conta Freire. Para Filippon, há quem olhe com cara feia para os EaDs, porém o mercado de Tecnologia da Informação – acostumado com o mundo digital – dá menos valor para o formato da graduação e mais para o reconhecimento do profissional. “O canudo agora é só para definir contratação, não se analisa onde a pessoa estudou”, opina.
Fonte: http://www.educacaoadistancia.blog.br/ensino-a-distancia-ganha-credibilidade/

28 de mar. de 2012

O fetiche das máquinas - E os softwares? E os conteúdos?

Por Benito Paret | TI RIO Noticias – 14/03/2012 15:24:00
Vivemos um momento crucial: a economia do mundo em crise, esfarelando-se os domínios consolidados no pós-guerra. Os emergentes, como nós, prestes a assumir novos papéis. Mas quais? Simples fornecedores de commodities sem valor agregado ou parceiros de uma nova economia em que o conhecimento é a principal moeda?

Recentemente o Presidente Obama convidou grandes empresários para um jantar na Casa Branca; no menu, a nova realidade econômica. Em outros tempos, quem seriam os convidados? Os presidentes das grandes indústrias, certamente. Desta vez os comensais foram os dirigentes das empresas da nova economia – Apple, Google, Facebook, Yahoo, Oracle, Twitter... Ficou claro que o futuro está no conhecimento.

O debate, no Brasil, reduz o patrimônio nacional a um conjunto de ativos reais óbvios: a Amazônia, o subsolo, prédios históricos etc. Mas se esquece, com frequência, de exaltar o patrimônio agora mais estratégico e só visível pelos resultados: o capital intelectual, o ativo intangível construído em muitos anos de estudos e pesquisas.

Sem o capital intelectual acumulado em décadas não descobriríamos o pré-sal, não exportaríamos aviões e softwares nem teríamos safras agrícolas recordes. São os verdadeiros ativos nacionais que precisam ser preservados e protegidos contra a concorrência predatória.

Mas o governo comemora as “conquistas” que teremos com a fabricação de tablets no país. Na verdade teremos mais projetos de montagem com importação dos “núcleos inteligentes”. Desde os tempos da tão mal falada reserva de mercado pensamos apenas em fabricar minis, micros, laptops, enfim, máquinas. E o software? E os conteúdos? Continuaram sendo importados ou simplesmente comercializados por multinacionais.

Não devemos assumir uma postura xenófoba, mas temos que defender nosso mercado e incentivar a pesquisa e a produção nacionais para que, pelo menos, não aumentemos a desnacionalização, que já supera os 70%.

É preciso que, assim como faz com o pré-sal e a indústria naval, o governo garanta um quinhão do novo mercado de TI às indústrias nacionais de software, fortalecendo o mercado interno, hoje dominado pelas grandes multinacionais. É preciso que estas oportunidades geradas não se esgotem na transitoriedade dos negócios.

Vamos torcer para que nossa presidente se inspire no Obama e marque um jantar no Alvorada com a indústria nacional e os centros de pesquisa, que podem garantir um futuro mais independente.

Benito Paret é presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Rio de Janeiro – SEPRORJ

1 de mar. de 2012

UFRA E GOVERNO NA LUTA PELO POVO ACADÊMICO DE LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO

Momento em que o Reitor faz ampla explanação dos
objetivos do curso de Licenciatura em  Computação e sua
  importância para o desenvolvimento tecnológico do Pará.


O Secretário de Promoção Social do Governo do Estado do Pará,  Nilson Pinto recebeu em audiência, ontem (29-02), os representantes da UFRA, para discutir o futuro dos formandos do Curso de Licenciatura em Computação como professores da rede pública estadual de ensino. Constavam dessa visita o Reitor Sueo Numazawa, o Pró - Reitor de ensino Orlando Tadeu Lima e Souza, a Diretora do ICIBE Merilene do Socorro Silva Costa, o Coordenador do Curso de Licenciatura em Computação Paulo Roberto de Carvalho, o Sub-coordenador Aurecílio Guedes, o também professor da UFRA e Deputado Estadual Edmilson Rodrigues, representando os discentes do curso, o aluno Izaias Aguiar. Também se achava na reunião a Ex-deputada Araceli Lemos, conhecida guerreira nas causas sociais paraenses.

Em síntese o Reitor da Ufra falou sobre os objetivos do Curso de Licenciatura em Computação, na formação de educadores para a disseminação da informática na sociedade em geral, a partir da inserção desse conhecimento nos currículos regulares do ensino básico, médio e profissionalizante da rede de ensino público e privado, além dos setores de treinamento das organizações públicas e privadas. As metas da Universidade, em referência ao preparo desses profissionais é de formar mão-de-obra capaz de usar as tecnologias correntes, além de metodologias de ensino adequadas, para que a Região Norte do país seja inserida de forma consistente dentro do mercado de produção, disponibilizar às empresas e órgãos do governo, profissionais que sejam capazes de conduzir processos de ensino/aprendizagem em diferentes ambientes, seja nas escolas, centros de formação profissional, telecentros ou empresas, inserir no mercado, profissionais que sejam capazes de efetuar prospecção de novas tecnologias ou tecnologias emergentes para aplicar na educação ou nos processos relacionados a ela, formar egressos com facilidade de interagir e se comunicar com outros profissionais de áreas correlatas ao curso no desenvolvimento de projetos em equipe, formar egressos com capacidade de supervisionar, coordenar, orientar e planejar cursos na área de ensino de computação seja presencial ou a distancia, capacitar os egressos para realizar pesquisas na área de computação, formar egressos capazes de criar conteúdos digitais adequados para treinamento em EAD (Ensino a Distância) e a conduzir processos de EAD, formar egressos com a capacidade necessária para atuar no desenvolvimento de sistemas de pequena e média complexidade para que os egressos possam ter flexibilidade na sua inserção no mercado de trabalho que não seja exclusivamente na área de educação, formar egressos com formação sólida em disciplinas de computação para possibilitar ao egresso a base necessária na sua formação, caso o mesmo queira participar de programas de pós-graduação na área de computação que não sejam ligados  exclusivamente a Licenciatura ou a educação. Daí a importante e urgente implementação no currículo escolar da rede estadual de ensino, a disciplina Ciências da Computação, que deverá ser ministrada por professores com formação superior na área de Informática em cursos regulares de licenciatura. O Deputado Edmilson autor do projeto, que já é do conhecimento de todos, que se encontra tramitando na ALEPA, falou da dificuldade que tem enfrentado para a proposta para ser aprovada, o Secretário preocupou-se anotando o nome dos deputados, autores dos pareceres favoráveis e contra. O Pró - Reitor de Ensino, Orlando Tadeu, se pronunciou, manifestando sua preocupação, principalmente pelos que vão se formar este ano, o Coordenador do Curso Paulo Carvalho ressaltou o importante compromisso desses jovens professores e a necessidade da implantação urgente da disciplina no sistema educacional do Estado. O Sub-coordenador do Curso, Professor Aurecílio acrescentou, como Coordenador de Licenciatura em Computação no PARFOR no Pará, a existência de 665 alunos que estão se preparando nos fins de semana, e que após a formatura da Primeira Turma (LC-2009) do curso regular, em dezembro de 2012. "Em julho de 2013, já estaremos formando, no máximo,  mais cinquenta alunos pelo PARFOR". Portanto, a UFRA irá daí em diante jogar a cada ano, perto de cem professores de informática no mercado, somando curso regular e PARFOR. O representante dos alunos de Licenciatura em Computação da Ufra, Izaias Aguiar, comunicou ao secretário a experiência vivida pelos alunos, em seus estágios obrigatórios, da existência de laboratórios abarrotados de equipamentos, porém com a ameaça de transformarem-se em sucata, por não existir mão-de-obra qualificada nas escolas estaduais, reportou a preocupação da turma que se forma este ano, "estamos sem horizonte",  pois vivemos num impasse, "o Estado está carente de professor de Licenciatura em Computação, a Universidade está fazendo a sua parte, qualificando estes profissionais, porém sem a regulamentação da disciplina na rede estadual de ensino, não haverá como inserir os professores na educação estadual", "o contexto que se apresenta é uma realidade nova - o uso do computador" "que avança, acelerada, clamando mais conhecimentos por parte dos alunos". Nilson Pinto que é deputado federal, pelo PSDB do estado do Pará, em seu quarto mandato, hoje é Secretário Especial de Estado de Promoção Social no Governo de Simão Jatene no Pará, titular da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, suplente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, a qual presidiu, em 2007, presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Alemanha, cidadão paraense, belenense, Graduado em bacharel em Geologia pela Universidade Federal do Pará, em 1973; mestre em Geoquímica, também pela UFPA, em 1977; doutor em Geociências, pela Universidade de Erlangen-Nuremberg, Alemanha, em 1980, professor da Universidade Federal do Pará, foi reitor da instituição, de 1989 a 1993; secretário de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado do Pará, de 1995 a 1998; e secretário Especial de Promoção Social do Estado do Pará, de 2001 a 2002.  NELE, como importante célula de construção do Governo do Pará que é. A UFRA, representada pelos seus professores e a Comunidade Acadêmica, depositam sua total confiança, na  luta pela transformação desse projeto proposto pelo Deputado Edmilson Rodrigues, em Indicação do Poder Executivo. Com essa ação governamental consolidada, os graduandos terão razão de sobra para comemorar sua festa de formatura em dobro, tanto os do ensino regular, como nossos colegas do PARFOR. Deixando um caminho mais seguro, também, para os colegas das turmas seguintes. Vamos aguardar. 
 Alea jacta est !  

Professor Edmilson Rodrigues (Dep. Estadual),
 Professor Orlando Tadeu (PROEN),
Professor Aurecílio Guedes (Coordenador do PARFOR)

Professores Aurecílio e Paulo Carvalho preocupados
 com o destino do Curso de Licenciatura em Computação 

Profissionais da Educação em debate pela
 regulamentação da disciplina  e consolidação do ensino público
 estadual de computação.

Representante dos Acadêmicos fala da realidade vivida nas
escolas públicas do Estado. Laboratórios fechados com
computadores ameaçados de vivar sucata.  Às vistas
da Diretora do ICIBE, professora Merilene do Socorro

Reitor e Secretário demonstram preocupação.


Nilson Pinto faz anotações e promete total empenho em atender
ao pleito dos acadêmicos.

Deputado Edmilson Rodrigues fala de seu projeto e situa o
secretário sobre sua tramitação na ALEPA. Sob o olhar do
Professor Orlando Tadeu (PROEN)


Todos esperam que este dia seja um dia histórico, como um primeiro e grande passo para a consolidação de um trabalho de quatro anos, de muito esforço e vitórias, afinal , segundo Confúcio: "A essência do conhecimento consiste em aplicá-lo, uma vez possuído."


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